Depois que Dora e Rafaela se vão, Garcia parece mais um fantasma dentro de casa vagueando pelos cantos, sem rumo, cabisbaixo, sem ânimo pra nada. Parece que perdeu a vontade de viver. Dá pena de vê-lo, olhando comprido pras coisas, lembrando dos momentos felizes vividos com as duas. Com elas sentia-se numa família. Pra quem vai fazer panquecas? Por que elas se foram? No restaurante, é a mesma coisa: uma tristeza, um banzo tão grande, que quase nem se toca que o perigo ronda seu estabelecimento.
Mas Garcia não é bobo. Dia desses, quando vê Lucas zanzando por ali, ele chama Pedrão, um segurança parrudo, e avisa: “Tá vendo aquele sujeito ali? Fica de olho que ele ta preparando alguma pra cima de mim”. Melhor prevenir.
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