A terceira temporada de The Walking Dead - que estreia no próximo dia 15 – promete uma trama ainda mais tensa e surpreendente. Com “Fight the Dead, Fear the Living”
já em vigor, a série vai pela primeira vez explorar a humanidade brutal
que existe entre facções rivais da vida e o que acontece quando a
democracia se desintegra. Abaixo você confere a entrevista que
roteirista Glen Mazzara concedeu ao site Hollywood Reporter.
As problemáticas de Rick (Andrew Lincoln) são sempre o fio condutor da trama de The Walking Dead. Como veremos o grupo da personagem nessa terceira temporada?
Isso é muito interessante. A principio é importante estabelecer
para o público onde nossos personagens principais estão no início da
temporada: o que fazem, como funciona a prisão e de modo o Governador os
enxerga. Pois, quando o Governador vê Rick e seu grupo, ele os
considera uma ameaça. E não é para menos, veja, por exemplo, como Rick e
seu grupo causaram estragos na fazenda e vida de Hershel. Eu sempre
disse que de certa forma, o nosso grupo principal é realmente como uma
praga.
É verdade que Rick vai se isolar do grupo para tentar salvar
seu casamento? E isso vai realmente ajudar na sua relação com Lori
(Sarah Wayne Callies)?
Sim. Ele está emocionalmente fechando para qualquer coisa que
venha de fora. Ele tentou no passado ser um bom marido, pai e amigo, e
essas coisas não têm corrido bem para ele. Mas ele é um bom líder e de
certa forma ele mantem as pessoas vivas. Isso será a sua zona de
conforto nessa temporada: Como Rick vai lidar com todas essas questões e
contrapontos?
Como Lori (Sarah Wayne Callies) vai lidar com a culpa pela na morte de Shane (Jon Bernthal)?
Nunca foi nossa intenção, que Lori fosse de certa forma culpada
por Rick matar Shane. Mas ela sente e sabe que desempenhou um papel
fundamental neste drama. Ela percebe que ainda tem sentimentos
controversos. Com este bebê está chegando, ela quer fazer a restituição,
ou seja, quer o perdão, reparar o dano. Ela está realmente lutando com
seus próprios demônios.
A chegada do Governador sinaliza uma parte muito macabra dos
quadrinhos – como estupros e assassinatos. Quais foram às recomendações
da AMC para os roteiristas, o que vocês vão ter que adaptar?
Apesar da temática pesada, a emissora nos deu muita liberdade, a
AMC tem essa ideologia de passar dos limites, de ir além. Basta olhar
as outras séries da grade. E nós vamos explorar uma trama bem obscura
nessa temporada, muitas vezes mais tensa e complexa que a das HQs.
Como vocês vão retratar o Governador na série? Ele vai ser semelhante ao dos quadrinhos?
O governador é uma personagem bem complexa, são várias camadas.
Nas primeiras cenas, ele é mais um político e muito preocupado em
governar. Ao longo da temporada, quando as coisas começarem a fugir do
seu controle, vamos ver novas características dele. Porém, eu acredito
que o ‘nosso’ Governador, tem alma. Todas as suas ações tem um sentido,
um motivação que ele acredita.