Talvez pelo convívio com gentes de todas as espécies Osmar tenha adquirido a capacidade de decifrar a alma das pessoas mais queridas. Por dentro dos problemas de Helena – os ciúmes de Marcos, o assédio de Bruno –, e até inserido neles, o agente tem uma visão uma muito particular da questão. Pra ele, o que mais incomoda Helena é que ela está em dúvida. Será que ela ainda ama o marido da mesma forma como amava antes que eles se separaram? Essa é uma deles, mas há outra. “Sua dúvida maior”, afirma Osmar, “é se você ama o seu marido como antes do Bruno aparecer no Rio”.
Diante dessa questão, Helena balança. Estão numa caminhada pelo calçadão do Leblon, e como naquele bairro todos são vizinhos, acabam esbarrando com Tereza e Luciana. Falam de amenidades, até que Osmar resolve falar de Bruno. Helena gela, mas procura não transparecer. Osmar conta que o aventureiro está fotografando na sua produtora e Luciana imediatamente pergunta se Helena o tem visto com constância. Ainda que engasgue um pouquinho ao falar, Helena desdenha: “Uma vez ou outra, quando coincide de eu estar na produtora”.
Quando se despedem e seguem caminhos opostos ao de Tereza e Luciana, Helena vai dar uma bronca em Osmar. “Você não tinha nada que pôr o Bruno na conversa. Fiquei sem graça”. Osmar ri e brinca: “Mas por que, se diz que não sente nada por ele?”.
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