domingo, 15 de janeiro de 2012

'BBB' chega à 12ª edição longe da inocência!



Na primeira edição do “Big Brother”, lá atrás, a gente ligava a TV e dava de cara com alguém fritando um ovo, ou praticando algum outro ato banal ao vivo. Como disse Pedro Bial esta semana, era o “Big Brother” ingênuo. Àquela altura, nem a produção nem os participantes possuíam a malandragem que domina o jogo atualmente, quando nada mais acontece de forma gratuita. A exibição da fritura de um ovo, hoje, no mínimo levantaria suspeitas de alguma teoria da conspiração misteriosa em curso.
De algumas edições para cá, os candidatos já chegam naquele ecossistema imbuídos de um papel. Os que são imprescindíveis: a gostosa meio burra, o truculento, alguém inteligente e manipulador, a humilde, o arrogante etc. Boninho e sua equipe vinham interferindo principalmente na edição; e Bial, claro, na condução da ação do programa. Mas, o resultado, no fim das contas, já estava, há algumas edições, longe da espontaneidade. Não é um demérito, mas um fato consumado, sem volta. Por isso, fez todo o sentido quando, esta semana, o peso intervencionista se fez sentir logo na estreia, com a pré-rotulação dos participantes — definindo para o público de cara quem é quem.
Imagina-se que a direção do programa esteja trabalhando de acordo com a persona previamente proposta pelos candidatos. Ou seja: não é uma imposição unilateral, mas uma leitura comum. Resta saber se estes personagens se sustentarão até o fim. Ou, como gostam de dizer os jogadores desse reality, se as máscaras vão cair.

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Modificado por Louco's por TM'J