sexta-feira, 1 de junho de 2012

Pedro Neschling dirige mãe, Lucélia Santos, e namorada, Vitória Frate, em peça que estreia nesta quinta no Rio!



A família de Pedro Neschling está unida até no teatro! Nesta quinta-feira, no Teatro Sesi, no Centro do Rio, estreia “Alguém acaba de morrer lá fora”, peça dirigida pelo ator e que tem as duas mulheres de sua vida no elenco: as atrizes Lucélia Santos, mãe dele, e Vitória Frate, mulher dele.
— Emocionalmente, é uma situação de vulnerabilidade trabalhar em família, mas sobrevivemos... (risos) — analisa Lucélia, que nunca tinha sido dirigida pelo filho, mas não chegou a pedir nada de especial sobre como gosta ou não de ser comandada: — Ele é muito bravo, jamais ia querer me ouvir (risos)! Fiquei bem quietinha, quase não falo!!!
Essa é uma reestreia para o grupo, que fez recentemente uma temporada de sucesso em São Paulo de “Alguém tem que morrer lá fora”, que tem texto de Jô Bilac e conta ainda com Pedro Nercessian e Ricardo Santos no elenco.
— Foi a temporada de maior sucesso que já fiz na minha vida! Eu tinha medo porque o Sesc Belenzinho (onde a peça foi apresentada em SP) é longe. Mas fizemos quase todos os dias com a plateia lotada! Só não às sextas-feiras porque o trânsito para ir para lá é caótico — lembra Vitória.
Juntos há dois anos e meio, Vitória e Pedro já dividem o mesmo teto há dois anos. Mas ainda é difícil rotular o que são, de acordo com a atriz:
— A gente não sabe! (risos) Cada vez é uma coisa... Ele é meu marido porque moramos juntos há muito tempo. Mas não somos casados, então ele é meu namorado. É ‘namorido’ então!
Os dois já trabalharam juntos outras vezes. Na peça “Estragaram todos os meus sonhos, seus cães miseráveis!”, por exemplo, eles tiveram as mesmas funções: ela, a de atriz, e ele, a de diretor.
— Na minha carreira lá atrás, minha primeira ideia era dirigir cinema. Mas sempre gostei de dirigir, escrever, produzir... De uns anos para cá, passei a sentir que minha carreira estava mais estabilizada como ator e que dava pra investir mais nesse outro desejo que eu tinha. E teatro é um lugar bacana pra eu começar a focar mais nessa coisa da direção — diz Pedro, que não pretende parar de atuar: — Sempre tento mesclar. Em outubro, estreio um projeto que escrevi, “Como nossos pais”, no qual atuo.



Para Vitória, a parceria com o ‘namorido’ não poderia estar melhor.
— Está dando supercerto essa parceria nossa. A gente tem um diálogo muito, muito afinado. Nesses dois últimos anos, basicamente tudo que um faz, o outro participa. Desde a festa dele na qual eu sou a fotógrafa até o projeto do meu livro, que ele participa, comenta, me ajuda... A gente sempre tem um papel fundamental um no trabalho do outro — conta a atriz, que não vê problema em viver 24 horas por dia com Pedro, seja em casa ou no trabalho: — Não tem receita, cada casal é de um jeito. Mas pra gente funciona muito bem! Somos muito grudados, gostamos de ficar junto o tempo todo. Aí resolvemos transformar isso numa coisa produtiva.
Segundo Vitória, produtivo também está sendo trabalhar com a sogra.
— É bom porque desmistifica um pouco essa coisa de sogra né? Em dois anos não se consegue ter uma relação muito profunda com sogra, seja ela quem for. De início, pensei: “Ai, como vai ser isso? Pode virar uma lambança!”. Porque é aquela coisa: ou daria tudo muito certo ou estragaria tudo, a peça, a relação familiar... Porque uma coisa acaba influenciando na outra. Mas todos nós sabemos separar bem a ‘pessoa física’ da ‘jurídica’, sabe? — explica Vitória, que não nega pequenos atritos: — Ah, não tem jeito. Quando se está ensaiando uma peça sempre rolam pequenas fissuras. Mas a gente sabia fazer isso ali só, no ensaio. Passamos até a criar regrinhas para não levar isso para nossas vidas: depois das 20h, é proibido falar de trabalho!
Mas como será que foi juntar essas duas atrizes numa única peça, hein?
— Foi uma loucura! (risos) Mas foi muito bacana fazer um projeto meu com minha mulher e minha mãe — conta Pedro, que se diz ansioso para estreiar no Rio: — A peça tem a cara do Rio. É um espetáculo muito divertido, que o público carioca vai gostar muito. Ela agrada todo mundo, do intelectual ao povão, é um humor fácil, mas que também te leva a pensar.



“Alguém tem que morrer lá fora” estreia hoje, quinta-feira, às 19h30m. O Teatro Sesi fica na Av. Graça Aranha 1, no Centro do Rio. O telefone de lá é o 2563-4168. As sessões, que vão até 14 de julho, acontecem de quinta-feira a sábado, sempre às 19h30m. Os ingressos custam R$ 30.
O que um diz do outro:

O diretor Pedro Neschling pela atriz Vitória Frate:
— Ele é muito doce, muito atento. O fato de ele ser ator ajuda muitona direção dos atores. Pedro tem muito respeito, o que é essencial, e compreende muito a deficiência de cada um. Ele não me dirige da mesma maneira que dirige a Lucélia, que não é a mesma maneira que dirige o Pedro Nercessian. Ele sabe como lidar com cada um.
A atriz Vitória Frate pelo diretor Pedro Neschling:
— É a segunda vez que dirijo ela. E a gente já trabalha bastante junto. Conseguimos formar uma parceria boa, nos entendemos muito bem. Então, acaba sendo natural. E ela é uma excelente atriz.
A atriz Lucélia Santos pelo diretor Pedro Neschling:
— Claro que tem toda a dificuldade de trabalhar com a mãe, todo mundo sabe que não é a coisa mais fácil do mundo! (risos) Mas o resultado foi e está sendo muito positivo para os dois. Sou grato a ela pode ter deixado se dirigir por mim.
A atriz Vitória Frate pela atriz Lucélia Santos:
— Vitoria é talentosa, faz bem o papel, é uma moça muito inteligente.
O diretor Pedro Neschling pela atriz Lucélia Santos:
— Conheço bem o Pedro! Confio nele! Ele tem uma boa pegada e conhece incrivelmente bem a técnica de teatro, onde praticamente nasceu e foi criado.

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Modificado por Louco's por TM'J