Luciana e Tereza estão numa lanchonete de shopping e tomam sorvete. De uma certa distância, um homem na faixa dos 50, toma café e não tira os olhos delas – mais especificamente de cima de Tereza. De repente Luciana se dá conta do assédio: “Aquele bonitão tá olhando pra você”. Tereza se surpreende e procura saber quem é, sem, no entanto, conseguir disfarçar. Luciana ri da falta de jeito da mãe e ela explica: “Não tenho prática, filha. Aos dezessete anos olhei pro seu pai e nunca mais olhei pra ninguém!”.
Mas Luciana diz que estar na hora de ela reaprender: “Você não sente falta de um homem?”. Tereza faz que sim: “Sinto falta de uma companhia”. Mas a resposta não satisfaz Luciana. Ela vai mais fundo, quer saber se a mãe não sente falta de fazer amor.
Tereza fica ruborizada e morta de vergonha, mas depois de algumas engasgadas, alguns rodeios, admite que sim: “Sinto falta, claro, como é que eu vou negar... Mas não posso ir pra cama com o primeiro que me convidar”.
Na fase da vida em que está, Tereza acredita que precisa de mais que uma simples troca de olhares; “Preciso sentir um encantamento, uma atração sincera e forte. Sempre fui mulher de um homem só”.
Sem que se deem conta, durante a conversa, o bonitão desaparece. Mas mais tarde, quando Luciana segue com Larissa alguns passos a adiante dela, Tereza vai esbarrar novamente com o sujeito. Eles trocam olhares, sorriem e ficam apenas nisso. Quando Tereza vai se abrir de novo para o amor?
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