
Depois que se separa de Helena, ou melhor, que Helena anuncia ter desistido de lutar pelo casamento deles, Marcos se vê novamente sozinho com sua consciência. Nada mais lhe é impeditivo, não precisa dar satisfações pra ninguém, está livre para ficar com quem quiser, Dora ou outras mulheres, casos antigos, novos ou até mesmo sem ninguém. Mas será que é isso mesmo que ele quer? Será que está psicologicamente preparado para a separação? Não terá deixado escapar mais uma oportunidade de ser feliz?
Como tudo é bastante recente, Marcos ainda não parou para pensar, mas... É Tereza quem levanta a dúvida: “Já se esqueceu de como é viver um grande amor?”. De repente, Marcos fica desarmado. Tereza diz ter notado que ele anda triste, apesar da felicidade da filha. Ela sabe que o casamento com Helena não anda bem e por isso faz um diagnóstico muito consciente da personalidade e do momento de Marcos. “Você não sabe segurar a felicidade. Por alguma razão, deixa que ela vá embora... Foi assim comigo. Éramos felizes, mas você continuava insatisfeito. Agora, com a Helena a mesma coisa... Foi feliz, ou é feliz, e está agindo com se não fosse”.
Marcos não dá o braço a torcer, mas sabe que é tudo verdade. O que diz é quase que um retrato falado dele. Mas se se tocar das besteiras que fez, será que ainda dá tempo de consertar?
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