Não é por falta de aviso. Muito menos, pressentimentos, sonhos, conselhos. O fato é que, desta vez, os bandidos, que andavam doidos para pegar Benê, fazem um ataque surpresa ao barraco e a coisa fica feia pro lado dele – e, por tabela, também para Sandrinha e José.
É noite. Sandrinha arruma as coisas para ir para Búzios no dia seguinte, quando de repente ouve-se uma confusão do lado de fora do barraco, gente gritando, correndo. Sinal de perigo. Rapidamente, Benê apaga as luzes e manda que Sandrinha saia de perto da porta. Uma pedra atinge o barraco e, depois, uma voz manda que Benê saia: “Vem conversar com a gente... A gente vai te pegar, melhor sair”. Sandrinha, apavorada, não quer que o marido saia, mas é o tal negócio: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Sozinhos os dois, com o filho pequeno e indefeso, eles só podem rezar. Ou, então... Enfrentar o perigo de peito aberto. É o que Benê faz: “Deus vai me ajudar”. Deixa uma arma com a mulher, abre a porta e sai para noite. Logo se ouvem tiros, uma saraivada deles, todos visando Benê, que também revida.
Ele tenta escapar, mas um pouco mais adiante, cai ferido. Um bandidão mal-encarado se aproxima pra verificar e, com a frieza de um matador, dá o veredicto: “Esse aqui perdeu. Azar, fica de exemplo”.
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