Quem é essa garota?

Um papo com Aline Fanju, que faz a sedutora Myrna

Ao que tudo indica, Myrna é mais que apenas uma aventura passageira na vida de Jorge. A primeira vez que se viram na noite do Rio, sim, foi um encontro casual, mas agora, na terceira... Podemos dizer que os dois já são bastante íntimos, inclusive para compartilhar um quarto de motel. O que ela teria de tão especial pra enfeitiçar rapaz tão recatado? Pra desvendar os mistérios dessa garota de programa, ninguém melhor que a própria intérprete, Aline Fanju.

O que Myrna significa pra Jorge agora?
Aline Fanju: Myrna é na verdade uma escuta para Jorge. Claro que em alguns momentos ele está metendo os pés pelas mãos, mas acho que Jorge está sofrendo tantas críticas, crítica do irmão, da namorada, dos pais, da sogra... E está um pouco perdido por isso. Ninguém para pra escutá-lo, para entender o que se passa dentro dele. E a Myrna, nessa hora, é uma escuta, um olhar mais carinhoso. Ela é um carinho pra ele, e tudo que o Jorge precisa agora é um carinho, de calma, de compreensão. O ganho da personagem é que ela é a única que no momento é capaz de entender o que o Jorge está passando. E ele viu nela exatamente isso: uma companheira.

Ela tem chances com Jorge?
AF: Na verdade está tudo bem em aberto. Acho que seria interessantíssimo se isso acontecesse, justamente porque o Jorge é um homem mais recatado, fechado mesmo. Aliás, já é bastante interessante o Jorge ter essa abertura com a pessoa mais inusitada possível. É interessante ele criar amizade e certa intimidade com uma garota de programa. Não é muito do perfil dele, por isso, em minha opinião, acho que seria um gancho muito bacana pra o personagem do Mateus Solano.

E por falar em Mateus, você já o conhecia?
AF: Eu Mateus somos amigos, fizemos um espetáculo teatral juntos. Então, temos intimidade cênica muito bonita. Contracenar com ele é incrível, justamente porque, além do grande talento que ele tem, o Mateus é um ator extremamente generoso.

Foi difícil compor a Myrna?
AF: A princípio esse personagem ia entrar pra fazer uma participação de um dia só. Tudo que usei pra fazê-la foi registros internos, sobretudo da humanização que eu queria dar a ela, o carinho, a sensualidade. É um personagem que vem entrando aos poucos. Cada capítulo é uma surpresa pra mim.