Miguel encontra a mãe sentada na sala: “Preciso conversar com você, contar uma novidade”. Mas Ingrid o corta, lacônica: “Não precisa. Vimos você e a Luciana na praia hoje à tarde”. Pelo tom de voz, Miguel percebe que não vai receber parabéns, muito menos vão sair, mãe e filho, baços dados, dando vivas ao início do namoro – pelo contrário. Mesmo assim, já preparado para o pior, ele trata o assunto da maneira mais tranquila possível: “Por que não vieram falar com a gente?”.
Desolada, Ingrid responde que não sabia como agir. Sente-se excluída das escolhas e a última a saber do namoro do filho. “Tereza sabe, estava lá dividindo a felicidade com vocês”. Mas, obviamente, não é o ciúme da amiga o motivo dessa angústia toda. É a disputa com Jorge, suas brigas com o irmão e esse caso com Luciana – uma mulher que, como ela diz, “só vai trazer restrições, impossibilidades, sofrimento”.
Miguel não quer discutir com a mãe; nada diminuiria sua felicidade naquele momento. Mas isso não o impede de dizer que, na ânsia de cuidar do futuro deles, ela está perdendo o bom senso: “Amo a Luciana. Juro que tentei evitar... Então, por que não viver essa história?”.
Mas não adianta. Ainda que Miguel escancare o coração, nem assim, Ingrid se conforma. Miguel dá de ombros: “É uma pena... estou namorando e não há nada de errado nisso... E ai de quem atrapalhar do nosso caminho!”.
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