O preço da rebeldia é alto para Márcio (Thiago Fragoso). Após aparecer completamente nu e enfrentar o pai, Salomão (Daniel Filho), durante a festa que celebrou os 30 anos do Grupo Hayalla, o jovem está sofrendo – e muito – pelas consequências dos seus atos.
A agressão física desferida por Salomão deixou marcas no corpo e também na alma de Márcio. Sem reação alguma depois da violência sofrida pelas mãos do próprio pai, no segundo andar da mansão da família, o jovem é posto em sua cama pela mãe, Clô (Regina Duarte). Mas o sofrimento de Márcio parece estar longe de ter um fim. Na manhã seguinte à briga, o quarto do jovem é invadido por paramédicos, que lhe dão uma forte injeção no braço.
Em seguida, mesmo catatônico e dopado, o namorado de Jôse (Fernanda Rodrigues) tem suas mãos amarradas pelos apressados enfermeiros, que o conduzem para fora da mansão. Sob o olhar do mordomo Inácio (Pascoal da Conceição) e da empregada Lourdinha (Lara Rodrigues), Clô entra em desespero ao ver o filho sendo levado de seu convívio. “Pelo amor de Deus, não façam isso com o meu filho! Ele está bem! Juro que ele está bem!”, suplica, em vão.
Os paramédicos chegam ao jardim e colocam Márcio dentro de uma ambulância já estacionada no local, que o levará a uma clínica psiquiátrica. A cena surpreende Olavo (Rafael Losso), filho do jardineiro da mansão. “Tão internando o Márcio!”, grita ao pai, Joaquim (Luca de Castro). “O que deu na cabeça dele, de aparecer pelado na festa?”, lamenta o funcionário. Amigo de infância de Márcio, Olavo diz em sua defesa: “Eles não podem fazer isso! Não podem!”
A fala de Olavo ecoa em Clô, que, mais uma vez, implora pelo filho. “Não! Não!”, grita a madame, antes de se amparar nos braços de Inácio. De dentro da casa, Salomão observa passivamente pela janela toda a movimentação, não deixando dúvidas de que ele é o mandante da internação do filho. Mesmo assim, o poderoso empresário deixa uma solitária lágrima escorrer de seu olho.
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