quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Viver a Vida - Martírio no elevador!
Forças ocultas tramam contra Betina e seu desejo de experimentar o sabor da infidelidade conjugal – ainda que uma vezinha só. Parece mentira, mas toda vez que ela decide um encontro com Carlos, alguma coisa acontece pra atrapalhar. Agora, numa decisão ousada, Betina aceita ir ao apartamento dele. Põe chapéu, óculos escuros, toma um táxi e chispa para lá. Olha o prédio de três andares, repara se foi seguida, suspira fundo e avança. Pelo interfone, avisa num fio de voz: “Sou eu”. Carlos fica na dúvida: “É você, Betina?”. E ali na portaria, nervosíssima, ela tem o primeiro chilique. “Não grita, não fala meu nome...” No mesmo tom confidente, Betina acerta os detalhes de chegada: “Fica com a porta aberta, que saio do elevador e entro logo... Se não desisto”.
Betina aciona o elevador, um daqueles de porta pantográfica, e aguarda o trambolho descer. Nisso, chega um senhor simpático e põe-se a seu lado. Vai fazer companhia a ela nessa viagem ao terceiro andar. A coisa, ou melhor, o elevador começa a se mexer, mas no espaço entre o segundo e o terceiro andares, cansado de tanto esforço, ele para. Ai, ai, ai! Sem se importar se a moça naquele cubículo está ou não à beira de um ataque de nervos, o senhor começa a contar as histórias tenebrosas sobre o elevador: “Vive quebrando e até já despencou do último andar”. Pra piorar, o cara é jornalista e ameaça usar o jornal pra denunciar a má conservação do prédio.
O jeito, então, é chamar a manutenção, os bombeiros, os super-heróis. E enquanto eles não chegam, o prédio inteiro vem à boca do fosso espiar a cena. Carlos, aflitíssimo, tenta acalmar Betina: “Calma, meu amor”. Ela quase morre: “Que Betina meu amor?!?”. E se não bastasse tamanho martírio, surge uma inesperada e incontrolável vontade de fazer xixi. Será que ela aguenta? Aguenta, sim, mas nem precisa falar que o programa acaba ali. Nessas fotos aí, Carlos tenta convencer uma Betina murcha e desanimada a ficar, mas não tem jeito.
Quem sabe se ela não está fadada a ser fiel pro resto da vida?
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