sábado, 3 de março de 2012

Relações familiares movimentam as novelas!



As relações familiares rivalizam com os pares amorosos entre os temas que mais empolgam os espectadores de telenovelas. Um exemplo bom e recente é “A vida da gente”, que terminou ontem. O vínculo entre duas irmãs e os conflitos delas foram o principal motor da história de Lícia Manzo. Principal, mas não único: outras famílias da trama ocuparam as atenções do público da faixa nos últimos meses.
Nas novelas de Manoel Carlos acontece o mesmo. Ele é um dos mais hábeis autores de dramas protagonizados por mães e filhas. Vide a dupla de Lilia Cabral e Alinne Moraes em “Viver a vida”; e os impasses que carregaram o enredo de “Por amor”, em que Regina Duarte trocou o filho vivo e saudável pelo bebê natimorto da filha, Gabriela.
Gilberto Braga e Ricardo Linhares também fizeram isso muito bem em “Insensato coração”. Eles retrataram o amor incondicional e cego de uma mãe (Natália do Vale) pelo filho mau-caráter (Gabriel Braga Nunes). E o amor incondicional do pai (Antônio Fagundes) pelo mesmo filho, mas sem as contaminações morais dela. Não se pode falar nesse assunto sem mencionar “Vale tudo” (de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères) e as inesquecíveis crueldades de Maria de Fátima (Gloria Pires), que rejeitava a mãe, Raquel (Regina Duarte).
O público se identifica facilmente, seja com as relações disfuncionais, seja com as saudáveis. E torce. Como as configurações familiares na vida real andam cada vez mais variadas, as possibilidades da ficção só fazem crescer.

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Modificado por Louco's por TM'J