quinta-feira, 22 de março de 2012
'American horror story' vai fundo no que assombra os EUA!
O FX (nos EUA) anunciou que prepara a segunda temporada de “American horror story” e que a estreia será em outubro. Adam Levine, vocalista da banda Maroon 5, negocia uma participação. Segundo o “Entertainment weekly”, Jessica Lange e atores já vistos no programa, como Sarah Paulson (a médium Billie Dean Howard), Evan Peters (Tate) e Lily Rabe (Nora Montgomery), continuarão na história. Vamos torcer para a Fox — que exibe a atração no Brasil — não esperar muito para servir ao assinante esse filé sangrento.
“American horror story” parece uma iguaria, mas é outra, com recheio-surpresa e igualmente saborosa. Apesar do seu desenho de produção de terror clássica, a série não causa pavor. Pelo contrário, é carregada de tristeza. Tudo porque, como seu título indica, além de retratar os fantasmas de seus personagens, vai fundo naquilo que assombra a sociedade americana. Tão fundo que aborda os terrores inconfessáveis e enfrenta até o espírito politicamente correto dominante. Está tudo lá: o preconceito contra casais gays que querem adotar uma criança; assassinatos em série em escolas secundárias pelas mãos de adolescentes sociopatas; o aborto de um ponto de vista ultraconservador; a autoridade paterna questionada e os filhos que não são ouvidos em casa; o suicídio adolescente; o preconceito racial e o de origem: o dono do armazém é um coreano (e isso é dito de maneira depreciativa) e a família que chega para comprar a casa, espanhola (“Melhor do que se fosse mexicana”, diz a corretora). A série aborda ainda o bullying nas escolas e o paroxismo da ambição pela fama. Esse último, de maneira alentada. Não apenas o enredo se passa na Califórnia, terra do cinema, como alguns personagens, mesmo depois de mortos, querem muito saber se seus assassinatos chegaram às páginas dos jornais. Ficar famoso, mesmo a esse preço, funciona como uma espécie de consolo além-túmulo. Com seu tom onírico, seu pé no absurdo, “American horror story” transporta para o outro mundo tudo aquilo que é mais real naquela sociedade. Uma viagem e tanto.
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