quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Bastidores de Malhação: Felipe Haiut revela que redescobriu vocação para ser ator em Israel!



Em Malhação, o personagem Ziggy é o amigo da galera. Ele ajuda Betão (Lucas Cordeiro) com seus eventos e dá uma força para o blog Além da Intuição, de Gabriel (Caio Paduan). Na vida real, o ator Felipe Haiut, de 24 anos, também vive cercado de amigos. “Gosto de estar em galera e tenho umas quatro diferentes. A gente vai à cachoeira no Horto, à praia de Ipanema e se encontra para ver filmes”, conta o ator. Mas, depois de ser escalado para o elenco dessa temporada de Malhação, Felipe tem tido pouco tempo livre. Mesmo assim, ele não reclama, pois atuar era um sonho antigo.
Aos 13 anos, numa apresentação de um movimento estudantil, um monitor ficou impressionado e recomendou que ele fizesse um curso de interpretação. “Ele disse: a hora é agora, porque depois vem o vestibular, estágio, carreira, e você acaba não tendo tempo”, relembra Felipe. Ele seguiu o conselho e se matriculou num curso livre, onde conheceu a diretora Suria Berditchevsky. “Ela é a minha mãe no teatro. Me colocou no teatro da vida”, elogia o ator. Suria acompanhou Felipe até o Tablado e o matriculou em um curso de improvisação. “Foi o primeiro passo que eu dei”, diz.
“Eu lembro da sensação da primeira aula. Não conseguia parar de falar. Em casa, refiz a primeira aula toda para a minha mãe”, conta Felipe. Filho de pais separados, ele mora com a mãe, uma nutricionista que está sempre ao lado do filho. “Minha mãe morria de medo que eu sofresse com esta profissão. A cada decepção minha, ela sofria calada, mas nunca me colocou contra parede. Sempre ralei muito, porque tinha esse voto de confiança dela, que é a pessoa que eu mais amo no mundo”.
O amor e a proteção da mãe não livraram Haiut das decepções da profissão, que também vieram cedo. O ator chegou a ouvir de um diretor de teatro que não tinha talento para a interpretação. A afirmação ecoou na cabeça do adolescente e fez com que ele desistisse da carreira.
Em 2007, Felipe foi morar em um Kibutz (comunidade coletiva voluntária) em Israel. Sem se dar conta, ele continuava atuando para os amigos israelenses e até para desconhecidos. Haiut criou o “teatro delivery”, que toda sexta-feira passava de casa em casa encenando uma esquete para desejar o Shabat Shalom (bom descanso). As famílias gostavam tanto que convidavam os atores para o jantar. Felipe também atuou como palhaço terapêutico em hospitais da região. Quando o período em Israel chegou ao fim, ele percebeu que nunca tinha deixado de atuar.
De volta ao Brasil, teve uma reunião com Suria Berditchevsky e decidiu que queria mesmo ser ator. O primeiro espetáculo foi “Um garoto chamado Rorberto”, de Gabriel Pensador. Depois vieram outros trabalhos na televisão: Turma do Pererê, Paraíso, Beijo Me Liga e A Vida Alheia. “Voltei pronto para encarar a realidade. Esse meio é muito difícil e toda hora você é testado. É muita ralação”, afirma. Para enfrentar os desafios, ele decidiu se preparar e cursar duas universidades ao mesmo tempo: Cinema, na PUC-RJ, e Teatro, na Universidade.
Depois de uma participação em outra temporada de Malhação, o ator foi convidado para um teste. Foram cinco etapas e, finalmente, Felipe Haiut levou o papel de Ziggy. “Estou feliz da vida. Sou abordado por muitos adultos e acho que isso é um sinal de que o trabalho está bom. Em algum lugar, eles sentem que já vivenciaram esses dilemas”, filosofa o ator. “Também adoro receber mensagens na web, respondo todas”.
Haiut confessa que passou a ficar mais conectado depois que passou a dar vida ao personagem. “Gosto de tecnologia, mas sempre achei uma parada cara. Vicia e eu não tinha grana. Agora, o Ziggy está me forçando a entender mais”.
Para Felipe, o personagem Ziggy é apenas o primeiro grande passo na televisão. “Sonho em atuar com Marco Nanini. Tem muita gente que eu admiro, mas outro que eu gosto muito é o Pierre (Baitelli, o Douglas da trama). Trabalhar com ele é uma honra, porque ele é um exemplo de ator. Espero que a Ingrid (Zavarezzi) escreva alguma coisa para eu contracenar com ele”, torce.
Quanto ao trauma da primeira crítica, ele prefere não lembrar. “Eu esqueci. Foi o primeiro susto que eu levei para ver com o que a gente lida. Foi bom passar por isso para não deixar acontecer de novo”.

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