Os atores Caio Paduan e Felipe Haiut, respectivamente o Gabriel e o Ziggy da trama, se conheceram durante os testes para formar o elenco dessa temporada de Malhação, e várias coincidências chamaram a atenção dos dois, que acabaram se tornando grandes amigos. Tanto Caio quanto Felipe cultivaram a paixão pela interpretação desde cedo. Felipe começou a fazer teatro aos 13 anos e Caio enveredou pelos comerciais, antes dos palcos.
Os dois acabaram conquistando ampla experiência nos palcos, mas ainda buscavam um papel de destaque na televisão. Durante a seleção para novela, perceberam que poderiam crescer juntos. O ator que interpretaria o personagem Gabriel foi o último a ser escolhido pela direção. “Eu dependia de um Gabriel para entrar. E eu fazia teste com todos os candidatos. Eu me lembro do teste do Caio. Ele estava muito nervoso, mas muito aberto para que eu pudesse dar toques”, lembra Haiut. “Eu queria uma pessoa que não fosse esquisita (risos)", completa o ator, bem-humorado.
Caio Paduan também se lembra bem deste dia. “Eu aluguei o Haiut. Pensei: vou mergulhar mais nisso, no que ele está fazendo. A gente trocou muito. Descobri que ele faz teatro e eu também sou um ator de teatro”, diz. A técnica de trabalho dos atores facilitou o desempenho em frente às câmeras. Eles fazem aula com a preparadora de elenco Vera Freitas e aproveitam param ensaiar no camarim, antes de gravarem as cenas. “A parte profissional nos aproximou”, conta Caio. “A gente faz uma pré-cena, coisa de ator. Eu precisava disso. O personagem ia ser meu melhor amigo. Gosto de trabalhar com pessoas que eu admiro. Era o começo de uma amizade”, completa Felipe.
DIA A DIA
A afinidade entre os atores foi aumentando com a convivência. Quando Caio foi confirmado como o intérprete de Gabriel, ele participou de uma reunião com a autora e o elenco jovem e contou sua história de vida. “Eu achei bacana, porque hoje eu sei quem ele é. Ele conquistou espaço de cumplicidade na minha vida, porque essa profissão é muito dura. Você não pode deixar as coisas se perderem por competição. Nunca teve mesquinharia entre nós”, revela Felipe.
Caio também se sente à vontade para contracenar com o amigo: “O Haiut é o único com quem eu tenho essa relação. Eu me divirto muito. O Ziggy é cômico, mas o Haiut é mais engraçado que o Ziggy. Já o Gabriel é mais sério, mas, durante as gravações, eu não consigo me segurar e dou risada. O Ziggy é o braço direito do Gabriel, é uma galhofa. É como Harry Potter e Ronny, Don Quixote e Sancho Pança. Um se apoia no outro. Existe uma troca muito boa”.
Haiut lembra que, assim como ele, seu personagem é capaz de se meter em qualquer roubada por um amigo. “A cena em que o Ziggy se dispõe a brigar com pitboys para defender Filipe de uma agressão é um exemplo disso. O Ziggy nunca lutaria. Ele vê o Gabriel lutando e vai lá”, conta o ator.
AMIGOS E CONFIDENTES
Fora dos estúdios de da novela, Haiut se tornou um confidente de Paduan. Ele foi o primeiro a saber que o ator ficou noivo e também testemunhou um dos momentos mais importantes da vida do amigo. “Eu tirei a foto do momento em que o Caio e a Ju se apaixonaram”, revela, risonho. Caio conta que ele e a colega de elenco Juliana Lohmann (Débora) se tornaram muito próximos e, após um dia de gravação, cada um saiu em seu carro. Quando pararam no sinal de trânsito, um ao lado do outro, Caio perguntou se poderia lhe dar um abraço. Os dois saíram e se abraçaram no meio da rua, debaixo de chuva. Felipe, que estava com Paduan, sacou o celular e tirou uma foto deste momento.
“Eu tirei a foto e guardei. Quando o Caio falou que pediu a Ju em casamento, eu lembrei: cara, eu tenho a foto!”, diz Haiut. “A nossa relação se estreitou muito. Hoje ele é meu grande amigo, fato”, afirma Paduan. Quando a temporada de Malhação chegar ao fim, o trio nem pensa em se separar. Eles querem realizar um projeto de cinema e fotografia. “A gente já conversou, eu, a Ju e ele. Ainda não sabemos o que vai ser, mas essa é uma amizade produtiva”, diverte-se Caio. Isso não significa que, às vezes, eles não precisem aparar as arestas. “A gente se dá muito esporro. Quando acontece alguma coisa, eu falo: tá errado, não tá certo! Não deixa chegar o momento da briga. Nesse trabalho não dá para ter picuinha”, ressalta Felipe.
“No início da novela, na cena em que a gente se encontra em frente à faculdade, a arte imita a vida. Eles não se conheciam e ficam muito amigos. É a metalinguagem! Uma amizade dentro da outra. É a nossa vida. Claro que eu ainda vou dar muita risada desse cara”, completa Caio Paduan.
Legal, né?
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