Ao falar com os três finalistas, Pedro Bial compara a televisão a Ágora, a praça central das cidades gregas antigas, onde os filósofos iam refletir. "Por que os gregos antigos iam para a praça, para a Ágora? Porque eles não tinham televisão", fala o apresentador.
"Pensar que há dez anos o grande escândalo causado pelo Big Brother era o fato de ser um programa que supostamente incentivaria o voyeurismo e o exibicionismo", continua ele. "Alguém lembra que isso era considerado pervertido?", questiona.
"Discutidas a exaustão, nos botequins e jornais populares, homofobia e heterofobia foram coisa da edição passada", afirma Pedro Bial. "Esse ano, misoginia, a aversão ou ódio às mulheres virou assunto de mesa de jantar. E nunca se falou tão abertamente sobre transexualismo, ou pelo menos nunca ouve chance igual", dispara o apresentador. Ele continua: "E mais: discutiu-se em profundidade a questão da autoestima feminina".
"Por causa de Paulinha (Paula), essa flor de nosso jardim, e por causa de outras flores também. E isso é parte da história que vocês viveram, e nem desconfiam, mas outros viram, muitos viram. Essa edição gentilmente baixou as calcinhas e cuecas de muita ignorância – a mãe de todos os preconceitos", conclui o apresentador.
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