sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Bastidores de Cordel Encantado: Amora Mautner e Ricardo Waddington revelam a fórmula do sucesso de Cordel!
A sofisticação da realeza e a originalidade do sertão estiveram por toda parte em Cordel Encantado, esbanjando beleza e poesia. O resultado, que encheu os olhos do público, foi minuciosamente pensado pela equipe. A diretora geral Amora Mautner explicou o conceito criado para a obra: sincronizar fotografia, atuação, cenografia, arte, figurino e caracterização em um tom que misturasse real com fantasia. E a união dos profissionais de todas essas áreas fez com que a novela mostrasse uma estética diferenciada, que tanto encantou o público. Depois de quase seis meses de trama, Amora constata: “Acho que a gente conseguiu passar o conceito de unidade, da palheta de cores, da luz, da cenografia e do figurino para o público. Era o que eu queria”.
Ricardo Waddington, diretor de núcleo, também destaca o trabalho em equipe: “Acho que as escolhas felizes que fizemos desde o início contribuíram para esse sucesso. O grande desafio foi alinhar todos na mesma direção, e acho que a Amora foi fundamental nesse processo, na liderança dessa equipe maravilhosa e desse grande elenco”.
Figurino
Marie Salles e Karla Monteiro juntaram seus talentos e, com um grupo de costureiras, bordadeiras, camareiras e outros profissionais, vestiram os personagens da novela. Para as figurinistas, Açucena (Bianca Bin), Úrsula (Débora Bloch), Maria Cesária (Lucy Ramos) e Ternurinha (Zezé Polessa) tiveram os figurinos com maior destaque. E para compor os looks e dar o tom da novela, rendas, crochê e até toalhas de mesa foram usadas na confecção das roupas das moças do sertão. Já a realeza contou com materiais ricos e brilhosos, mostrando sofisticação e luxo. As roupas dos cangaceiros também foram apontadas como entre as prediletas. A mistura do couro cru com metais deu um tom especial à roupa do respeitado capitão Herculano (Domingos Montagner).
Caracterização
Para complementar a estética criada para Cordel Encantado, a equipe de caracterização não poderia ficar de fora. A supervisora Gilvete Santos explica que foram usados materiais especiais: pincéis de fibras naturais, bases feitas de água e esponjas de látex. Segundo Gilvete, os tons pastel predominaram na maquiagem, dando um ar natural aos personagens. Apenas Úrsula e Ternurinha tiveram um pouco mais de destaque e cor em suas caracterizações.
Produção de arte
A produção de arte trouxe uma riquíssima coleção de objetos para enfeitar as cenas. Desde as toalhas de fuxico de Brogodó até as luxuosas mantas em tons vermelho, vinho e dourado de Seráfia, deram o toque especial da produtora de arte Ana Maria de Magalhães e toda sua equipe. Ela aponta o maior diferencial de seu trabalho na novela: “Cordel teve uma licença poética que contribuiu muito para que a gente se sentisse à vontade para brincar. Nós fizemos uma brincadeira entre os elementos dos anos 10, 20 e 30 e colocamos na novela”. Satisfeita com o resultado, Ana Maria credita a união da equipe como o segredo da beleza da história.
Fotografia
Ainda segundo Ana Maria, fotografia e iluminação foram alguns dos diferenciais: “A luz dessa novela é o grande parâmetro da beleza que Cordel mostra”. A direção de fotografia ficou por conta de Fred Rangel. Segundo ele, os aspectos técnicos que deram o toque especial à novela foram as câmeras com um sensor similar às gravações com película, lentes fixas e o formato de 24 quadros, utilizado pela primeira vez em dramaturgia na TV Globo. Quanto à iluminação, Fred explica que a luz foi feita vinda do fundo para a boca de cena, o contrário do que normalmente se faz. “Essa luz prioriza o que é mais importante. O que a gente não quer ver, a gente não ilumina. Mostramos apenas o essencial.” O fotógrafo diz estar feliz com o reconhecimento por seu trabalho: “Quando vi que o público chegou a confundir a novela com cinema, foi muito legal!”.
Cenografia
Na cenografia, pode-se apreciar desde luxuosos castelos até simples casebres sertanejos, que ambientaram cenas de amor, brigas e até tiroteios! Os cenógrafos João Irênio e Alexis Pabliano destacam o maior desafio neste trabalho: “Conseguir elaborar uma unidade visual, que identificasse os dois polos antagônicos, e que as pessoas pudessem assistir e identificar logo o que é Serafia e o que é Brogodó”.
Com todos esses profissionais e muito trabalho, Cordel Encantado levou ao público uma linda história, com personagens, cenários, figurinos e toda uma estrutura de deixar qualquer um de queixo caído! Para Amora, a novela foi um grande aprendizado: “Eu aprendi muito, e talvez mais do que em todos que já fiz. Tivemos a sorte de acumular pessoas especiais, tanto equipe quanto atores”.
Ricardo completa: “Foi como uma poção mágica, que quando você encontra a fórmula, depois não sabe se vai achar novamente” .
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