sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Decimar Gonçalves, a projeção bem sucedida de Dercy e por Dercy!



Se fisicamente Decimar Gonçalves se mostra muito parecida com a mãe, em todo o restante define-se “muito diferente” de Dercy Gonçalves. “Só temos em comum o otimismo para lidar com as dificuldades da vida. Eu me lembro que, quando eu era bem pequena, ela juntou a cabeça dela com a minha e disse ´A gente vai ser feliz na porrada´. Aprendi, naquele momento, que ser feliz é uma questão de decisão. E eu achei isso”, enfatizou.
Com clareza, Decimar destaca dois momentos importantes de sua vida nos quais esta vocação para a superação, herdada da sua mãe, foi decisiva. “Perdi a mamãe, minha grande referência, o meu porto seguro e perdi o meu marido, quem eu amava de paixão. Mas não me entreguei. Nunca esqueci a lição de que a vida continua, de que temos um compromisso com o que restar. Um mês depois do meu marido morrer, eu estava na aula de lambada com a minha neta. Para que eu aprendi lambada eu não sei, mas que eu sei dançar lambada, eu sei!”, conta a discreta, e também irreverente, filha de Dercy.



Discriminação – “A vida da mamãe não foi fácil e eu recebi um pouco da carga de algumas discriminações que ela sofreu”.
Com lucidez, desde pequena, Decimar vivia e aprendia com as experiências da mãe. “A mamãe era tão forte para mim, que eu acreditava e seguia tudo o que ela dizia, graças a Deus! Mesmo as repressões, eu seguia. E deu tudo certo!”, contou Decimar.
Proteção - “Depois que eu conheci o meu marido, namoramos 13 anos e meio. Ela dizia: ´Não dê. Se der, você vai perder esse homem’. Antes do nosso primeiro beijo, ela foi conversar comigo. Foi categórica: ´Se você sentir que não domina o beijo, não dê nem a mão, porque aí vai todo o resto! Não pode perder o controle´”, lembrou.
“E afinal, me casei aos 30 anos, virgem, com o primeiro e único namorado. A mamãe enchia a boca para contar isso. Para ela era muito importante”.
Família – Fruto do amor de Dercy e Valdemar, Decimar Gonçalves nasceu no dia 24 de dezembro de 1934. Este acontecimento mudaria o destino de Dercy para sempre. “Eu não entendia nada de criança, mas aquela menina ia mudar minha vida”, declarou a artista.
Como mãe, Dercy se empenhou para oferecer o melhor para Decimar. Não queria que a filha passasse pelas mesmas coisas que ela tinha vivido. Quem conviveu bem de perto com Dercy e Decimar, aposta que a filha se tornou o alterego da mãe.
“Ela transmitiu para a filha tudo o que ela gostaria de ter sido. Decimar realizou tudo que a titia projetou. Além dos valores, da personalidade, ela também constituiu uma família”, lembrou Lucy Freitas, sobrinha de Dercy.

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Modificado por Louco's por TM'J