segunda-feira, 12 de março de 2012

João Falcão: ‘Todo mundo é muito louco’!



Louco por Elas, escrita por João Falcão, retrata com muito bom humor os relacionamentos humanos. A relação entre as mulheres é um ponto forte no seriado, assim como a relação de um homem perante muitas mulheres. O autor nos contou um pouco sobre os personagens e seus conflitos. Confira a entrevista!

Como você define a série Louco por Elas?

Em poucas palavras, diria que é uma comédia sobre mulheres, através da ótica masculina.

Qual a principal mensagem a ser passada para o público?

Mais do que passar uma mensagem, a ideia é passar um certo ponto de vista sobre o nosso cotidiano, nossos desejos, alegrias, frustrações. Um ponto de vista carinhoso e bem humorado sobre a condição humana.

Qual foi sua inspiração para a criação do seriado?

A vida ao meu redor. Minha observação sobre as mulheres. Sempre vivi entre mulheres.

O personagem principal, Léo (Eduardo Moscovis), vive cercado por diferentes mulheres. O seriado pretende tratar o relacionamento entre homens e mulheres em todos os âmbitos?

Os âmbitos são infinitos quando se tratam desse assunto. A ideia é tratar de relacionamentos humanos. As mulheres relacionando-se entre elas também é muito rico.

Ao mesmo tempo em que Léo é louco por mulheres de uma forma geral, ele também aparenta uma certa loucura, uma espécie de confusão mental. Por quê?

Acredito de verdade que todo mundo é muito louco. Pelo menos, a ponto de ser retratado como tal, todo mundo é. Acho interessante o espectador reconhecer nos personagens um pouco da sua loucura. E da loucura do próximo.

Os conflitos das mulheres estão sempre retratados em diversas obras, mas pouco se fala dos conflitos dos homens. Existe alguma intenção em mostrar os conflitos masculinos?

Sem dúvida, quando tratamos da relação entre um homem e diversas mulheres estamos tratando dos conflitos masculinos diante da força da mulher.

Se sim, que conflitos seriam esses?

Um homem que ama as mulheres deseja ser amado por elas. E é complicado pois o que uma mulher deseja, raramente é o que parece. Agradar uma mulher não é fácil. Agradar várias mulheres ao mesmo tempo é coisa para Super-Herói.

Léo e Giovana (Deborah Secco) mantêm uma relação bem conturbada, mas é nítido que o sentimento permanece. O que faz com que continuem separados?

Eles são muito diferentes. Apesar de se sentirem atraídos por suas próprias diferenças, a convivência é complicada. Na maioria das questões eles divergem de forma radicalmente opostas.

Existe algum motivo específico para que ele aceite Bárbara (Luisa Arraes) e a crie como sua filha?

Apesar de não serem pai e filha biológicos, Léo e Bárbara são muito parecidos. Os eternos conflitos apenas escondem uma especial identificação que existe entre eles.

Que característica marcante você citaria para cada um dos personagens?

Léo é um homem sem grandes ambições profissionais, o sexo feminino é o seu grande objeto de conquista. Nesse sentido, Giovana é um contraponto, na medida em que é completamente apaixonada pelo trabalho. Violeta (Glória Menezes) é pura diversão. Aos 80, é capaz de qualquer coisa para viver uma aventura, uma experiência nova. Theodora (Laura Barreto) é uma criança assustadoramente adulta e sagaz. Fala o que pensa e adora provocar situações constrangedoras. Bárbara é a típica adolescente em crise de identidade, agravada pelo fato de não conhecer o verdadeiro pai e ser criada pelo ex-padrasto.

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Modificado por Louco's por TM'J