sábado, 9 de julho de 2011
Bastidores de O Astro: Roberto Talma cita frase de Drummond de Andrade ao falar da importância de 'O Astro'!
Roberto Talma começou sua vida profissional aos 9 anos de idade, integrando um grupo circense de sapateado que se apresentava em um famoso programa da época. No início da década de 60, mudou-se para o Rio de Janeiro com a família toda, conseguindo trabalhar por uma temporada na antiga emissora TV Rio. Depois disso, marcou presença em outras emissoras, como a TV Excelsior e a TV Tupi, até ser finalmente contratado pela TV Globo, em 1969. Após ser transferido para o núcleo de dramaturgia, nos anos 70, ele passou a trabalhar ao lado de Daniel Filho como editor.
Hoje, ele assina a Direção de Núcleo de O Astro e lidera uma das melhores equipes de dramaturgia da Rede Globo, que tem Mauro Mendonça Filho na Direção Geral e Allan Fitermann e Noa Bressane na Direção. Na entrevista abaixo, o diretor conta detalhes da reedição do folhetim, que marca os 60 anos da teledramaturgia brasileira.
Você participou do processo de escolha da obra ‘O Astro’ para a comemoração dos 60 anos de teledramaturgia no Brasil? Qual a importância dessa obra para a data especial?
Roberto Talma: Foi uma decisão junto à direção da TV Globo, não só para celebrarmos os 60 anos da telenovela, mas também para matarmos a saudade de Janete Clair. Em termos de importância dessa obra, basta lembrar a frase que o poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu em sua coluna logo depois do fim da novela: “Agora que ‘O Astro’ acabou, vamos cuidar da vida, que o Brasil está lá fora esperando”.
Como era sua relação com Janete Clair, a dama da teledramaturgia brasileira?
- A minha relação com ela sempre foi a melhor possível. Janete Clair era muito amiga. Estou feliz, não só pela importância do projeto, mas, principalmente, pelo fato de a obra da Janete ser revisitada.
Como é para você dirigir um outro diretor, neste caso, Daniel Filho?
- É sempre bom gravar com gente de talento e amigo da vida inteira.
Como foi a escolha do elenco para O Astro?
Com tanto tempo de TV, você pode dizer quais foram os ganhos na produção de uma novela? O que vai usar de novas tecnologias em ‘O Astro’?
- A evolução na televisão é cada vez maior e pode ser sentida na cenografia, figurino e luz. Sem falar dos autores antenados com seu tempo e o uso da tecnologia para nos aproximarmos cada vez mais da realidade. Em ‘O Astro’, vamos usar de tudo um pouco.
Você já dirigiu muitos trabalhos importantes. Isso aumenta a responsabilidade na hora de assinar um especial como ‘O Astro’?
- A cobrança é cada vez maior e vem direto do telespectador, que nos obriga a ter cada vez mais atenção.
- O processo foi feito com bastante calma e muita conversa entre eu, o diretor-geral Mauro Mendonça Filho, Geraldo e Alcides (autores).
Como foi a concepção de unir os trabalhos de Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro?
- O Geraldo e eu trabalhamos há muito tempo juntos, com vários projetos. Estava com saudade de nos juntar de novo. O Alcides, eu sempre o admirei e tinha vontade de fazer alguma coisa com ele. Aí, surgiu ‘O Astro’, uma boa chance de unir os dois amigos.
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