quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Bastidores de O Astro: Você sabia que, além de atriz, Tuna Dwek também é intérprete?



Além de mostrar todo o seu talento na televisão, Tuna Dwek também é intérprete! E ela acaba de receber a condecoração do governo francês por seus trabalhos de tradução ao lado de várias celebridades, como Catherine Deneuve, Roman Polanski, Fanny Ardant, Isabelle Huppert e Luciano Pavarotti. O prêmio é o mais importante da Ordem das Artes e Letras da França e também já foi dado a grandes personalidades , entre elas Clint Eastwood, Bob Dylan e o escritor americano T. S. Eliot.
Em entrevista exclusiva ao site, a intérprete de Nilza revela sua grandeza por trás da profissão. Leia abaixo:

Você acaba de ser condecorada pelo governo francês com a Ordre des Arts et des Lettres. Conte-nos um pouco sobre essa emoção.
Quando recebemos um reconhecimento máximo como este, constatamos que valeu a pena. Nada é fácil, tanto na criação artística quanto no trabalho de intérprete. Ambos exigem aprendizado, dedicação, disciplina e muito amor pelo que se faz. É um sentimento de plenitude, mas jamais de acomodação. Nos dá enorme senso de responsabilidade e maior observação sobre nosso trabalho. É todo um conjunto que está em jogo e, por isso, a emoção é ainda maior.

De que maneira o seu extenso trabalho como intérprete de importantes personalidades contribui para a sua carreira de atriz?
Trabalhando com atores, diretores, por exemplo, convivo com o processo de criação diretamente. Nossas angústias e inseguranças como artistas fazem com que eu aprofunde minha vivencia cênica. Constato que só mudamos de endereço, pois as emoções são as mesmas em todos os criadores de todos os cantos do mundo. Traduzir essas emoções na nossa língua é um desafio tão grande quanto dar vida a um personagem ou expressar o que escreveu um autor.

Você é a autora do livro “Alcides Nogueira –Alma de Cetim”, cujo objeto é ninguém menos que um dos autores da nova versão de ‘O Astro’. Como surgiu o convite para participar da trama que comemora os 60 anos da telenovela brasileira?
É uma coincidência muito feliz e também uma surpresa. Por mais que eu tenha escrito a biografia do autor, isso não transforma em consequência natural que eu trabalhe em suas obras. Às vezes, pode não haver uma personagem que se adeque ao ator e vice-versa. Nesse caso, o Roberto Talma teve a inspirada idéia de comemorar 60 anos da teledramaturgia com uma obra emblemática de Janete Clair, mestra de tantos outros criadores.

O fato é que eu estava no ar com a novela Ti-Ti-Ti, de Maria Adelaide Amaral, quando Mauro Mendonça Filho me convidou. Eu disse: "É verdade mesmo? Vou desmaiar um pouco e já volto!", comemorando o convite. Fazer parte deste projeto em si, que tem significado histórico e cultural especial nesse momento da teledramaturgia, é simplesmente maravilhoso.

Como você define sua personagem, Nilza?
A cada cena ela se revela mais um pouco. Não é monolítica, muito menos somente dedicada, atenciosa e eficiente. Defino-a como eficiente, expedita e, sobretudo, cúmplice de Amanda. Sempre disposta a ajudar, às vezes avança o sinal com algum conselho que a patroa não pediu. Há algo nela que pode ser o contraponto disso tudo, uma zona nebulosa que deve vir à tona mais para o final da trama... Aguardem", disse.

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