Dalton Vigh está surpreso com a repercussão de René Velmont, personagem que ele considera seu primeiro galã no horário nobre. Segundo o ator, logo no início da novela o público já sabia o nome de seu personagem e o abordava nas ruas, perguntando o que aconteceria entre René e Griselda (Lilia Cabral). “O que eu achei inédito é que no meio da primeira semana de exibição já estavam me chamando de René. Escuto as pessoas nas ruas dizendo que acompanham a trama, que estão gostando do meu trabalho. É sinal de que logo de início a novela já caiu no gosto do público”, ele comemora.
Questionado sobre o sucesso de seu personagem entre o público feminino, Dalton acha graça e atribui tamanha aprovação ao temperamento de René com Tereza Cristina (Christiane Torloni). “Ele tem paciência, preza muito o casamento, a família. Isso é uma coisa bacana dele. Nunca me chamaram de marido ideal na rua, mas eu fico sabendo dessa repercussão por outras pessoas. O assédio feminino não está nada assustador”, brinca o ator, que namora a atriz Camila Czerkes.
Mais do que o assédio feminino, uma grande surpresa para o protagonista de Fina Estampa é a repercussão de seu personagem entre os homens. “Às vezes, estou na rua e passa um motorista e grita ‘E a Griselda?’, ou pergunta como o René aguenta a mulher dele. Isso é inédito. Acho que deve ter muita Tereza Cristina por aí, e eles estão se identificando”, ele comenta.
Enquanto René releva as crises e os caprichos da esposa, Dalton admite que não conseguiria manter a calma com uma mulher como Tereza Cristina. Para o ator, a personagem interpretada por Christiane Torloni toma atitudes consideradas inadmissíveis em uma relação. “Às vezes ela falta com o respeito. Eu não teria tanta paciência, mas não sou uma pessoa de criar conflito, nem que resolva as coisas no grito. Acho que tenho esse senso de humor do René. Ele é um cara bem-humorado, leve. Acho que nesse sentido eu sou parecido com ele”, afirma.
Apesar estar no papel de galã, Dalton confessa não ser uma pessoa vaidosa. “Eu nem penteio o cabelo antes de sair de casa. Nunca fui escravo da vaidade e da aparência. Na profissão que eu tenho, eu até deveria ser um pouco mais vaidoso, frequentar uma academia, fazer ginástica, mas não faço mesmo”, admite o ator, que ainda destaca a importância do tema abordado na trama de Aguinaldo Silva: “Acho que essa discussão é oportuna, porque a gente está se esquecendo de muitas coisas que são mais importantes do que o material. Porque tudo vai embora, o corpo vai ficar velho, o carro vai quebrar um dia, e a gente está se esquecendo de valores como caráter, honestidade, sinceridade. Acho que hoje em dia a gente tem uma ideia distorcida do que é o amor”.
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