Ela aprontou um bocado em "Insensato coração". Fez tudo para se manter nos holofotes, sabotou o casamento do amante para ocupar o posto de primeira-dama, abusou do poder e do dinheiro de Cortez (Herson Capri), fez sexo por interesse com vários homens... Mas também quebrou a cara, chorou, pediu colo. Natalie (Deborah Secco) conquistou o público — até a presidente Dilma Rousseff — com seus bordões "bafônicos" e o jeito irreverente, além de politicamente incorreto. Por isso mesmo, será a única vilã da novela a ter um final feliz.
— Natalie é muito humana. Vai da comédia ao drama em segundos. Sinto que as pessoas torcem por ela. Fico muito feliz de ver o meu trabalho reconhecido, ainda mais quando é elogiado pela nossa presidente — orgulha-se Deborah.
A atriz afirma que a pseudocelebridade, que será eleita deputada federal com recorde de votos, já está na galeria de seus tipos inesquecíveis.
— Ela foi muito importante para minha carreira. Acho que consegui criá-la da maneira que os autores esperavam — analisa Deborah, que aponta as cenas com a mãe, Haidê (Rosi Campos), e a briga com Cortez, após a fuga da prisão, como as mais marcantes.
Os bordões de Natalie não caíram apenas na boca do povo. Deborah conta que já se pegou usando as expressões da personagem.
— Às vezes me vejo falando "Deus é mais!" e "Ai, meu pai!" — diverte-se a loura, que já está sentindo a falta da modelo: — A saudade faz parte.
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