sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Bastidores de O Astro: Descubra as principais diferenças entre as duas versões da novela O Astro!



Quais seriam as principais diferenças entre a primeira versão de O Astro e a atual? A primeira novela, de Janete Clair, foi exibida entre dezembro de 1977 e julho de 1978 e contou com 186 capítulos. Em 2011, escrita por Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro, a trama contará até o final com 64 capítulos. É natural que não apenas pela diferença cultural entre as épocas, mas também pelo reduzido número de capítulos desta nova versão, existam muitas diferenças entre as duas histórias.



Para começar, o fato mais importante de toda a trama: o assassinato de Salomão Hayalla (Dionísio Azevedo/Daniel Filho). Na história de Janete Clair, ele não é assassinado durante uma festa na mansão dos Hayalla. Como por acidente, o empresário é encontrado morto dentro do próprio carro em destroços no Alto da Boa Vista. Descobre-se depois que, na verdade, ele havia morrido antes, e o assassino havia planejado tudo para que parecesse um acidente.



Na primeira versão, Herculano Quintanilha (Francisco Cuoco/Rodrigo Lombardi), protagonista da novela, é traído pelo companheiro, Neco (Flávio Migliaccio/Humberto Martins), na fictícia cidade de Guariba e muda-se para o Rio de Janeiro, onde se apresenta em uma simples churrascaria e casa-se com a engenheira Amanda (Dina Sfat/Carolina Ferraz). Em 2011, Herculano é traído por Neco em Bom Jesus do Rio Claro. No Rio de Janeiro, envolve-se com a arquiteta Amanda e apresenta-se na boate Kosmos, uma grande casa de shows da Lapa, como Professor Astro. O dono desta boate, Natal (Antônio Calloni/Carlos Eduardo Dolabella), goza de forte influência no bairro da Penha. Na trama original, ele era um simples açougueiro metido a conquistador.
Na versão de Janete Clair, para atender à vontade do pai que morreu, Márcio Hayalla (Tony Ramos/Thiago Fragoso) casa-se com Jôse (Sílvia Salgado/Fernanda Rodrigues). Na adaptação, o filho de Salomão opta pela taxista carioca Lili (Elizabeth Savalla/Alinne Moraes). Aí, uma curiosa semelhança: Lili foi interpretada nas duas versões por atrizes paulistas. Elizabeth Savalla conta que foi chamada para fazer o papel de Jôse, mas encantou-se pela taxista. Então, ela pediu para trocar, mesmo tendo a difícil missão de interpretar uma típica carioca com todos os trejeitos. Para Alinne Moraes, morar por seis meses no subúrbio carioca contribuiu para ela viver a personagem. Na primeira versão, Lili tinha outra irmã além de Laura (Ângela Leal/Simone Soares): Luísa (Rejane Marques).



O Astro também tem profissionais que trabalharam nas duas produções. Daniel Filho, que na primeira versão foi o diretor da novela, desta vez interpretou Salomão, o patriarca da família Hayalla. Já Francisco Cuoco, que viveu Herculano na década de 70, deu vida a Ferragus, mentor do protagonista. Ele foi convidado para o papel exclusivo na trama também pela celebração dos 60 anos de teledramaturgia no Brasil. Na primeira versão, este personagem não existiu.
O assassinato de Salomão Hayalla, que na primeira versão manteve o suspense em todo o país por cinco meses, foi desvendado no dia 8 de julho de 1978: Felipe (Edwin Luisi/Henri Castelli), amante da viúva Clô (Tereza Rachel/Regina Duarte), matou Salomão. Após o término do folhetim, Carlos Drummond de Andrade escreveu: "Agora que O Astro acabou vamos cuidar da vida, que o Brasil está lá fora esperando", tamanha a repercussão do mistério. Será que este final será mantido na versão atual? É uma pergunta que só será respondida no dia 29 de outubro, último capítulo da adaptação de O Astro. Façam suas apostas!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 
Modificado por Louco's por TM'J