sexta-feira, 18 de novembro de 2011
A virada em ‘A vida da gente’!
Existem certos mitos eternos sobre novelas, e alguns são corroborados por pesquisas. Um deles diz respeito às disputas amorosas em família, consideradas arriscadas a ponto de fazer o público rejeitar para sempre um folhetim. Por isso, “A vida da gente” não é tão convencional quanto parece.
Quando Ana (Fernanda Vasconcellos) entrou em coma, sua irmã, Manu (Marjorie Estiano), se apaixonou pelo (antes) cunhado, Rodrigo (Rafael Cardoso), e vice-versa. Como todos eles são personagens positivos, o espectador simpatizava com os três. Como fazer o público aderir a esse novo casal? Para ganhar o espectador, Lícia Manzo, a autora, precisou de uma trama convincente. Os argumentos para a virada se apresentaram de maneira natural e o público passou a torcer pela outra irmã, sem traumas.
“A vida da gente” é uma grata surpresa no horário das 18h. Trata-se de um novelão clássico, mas que dribla o déjà vu. Talvez porque Lícia ouse pesar a mão num horário tradicionalmente dedicado à água com açúcar. Ela avança no que parecia proibido ou pesado demais para as 18h: uma mulher em coma, uma mãe cruel (Eva/Ana Beatriz Nogueira), uma treinadora tirânica (Vitória/Gisele Fróes), um perdedor que se vende em nome de uma vida boa (Lourenço/Leonardo Medeiros), e por aí vai.
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